segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Incríveis auroras nos exoplanetas são uma visão do outro mundo

As auroras da Terra, ou Luzes do Norte e do Sul, são um espetáculo deslumbrante de luz presenciado pelas pessoas que vivem nas regiões polares. Feixes de luzes brilhantes verdes e vermelhas ondulam no céu como uma coisa viva. No entanto, uma nova pesquisa mostra que as auroras no distante planeta Júpiter poderiam ser de 100 a 1000 vezes mais brilhante que as auroras terrestres. Elas também teriam ondulação do equador para os pólos (devido à proximidade do planeta a qualquer erupção estelar), promovendo em todo o planeta um espetáculo do outro mundo.

"Eu adoraria ter uma reserva em um tour para ver essas auroras!" disse o autor Ofer Cohen, um estudante de pós-doutorado do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica (CFA).As auroras da Terra são criadas quando as partículas energéticas do Sol batem no campo magnético do nosso planeta. As partículas solares vão em direção aos pólos, onde se despedaçam na atmosfera terrestre, fazendo com que as moléculas de ar brilhem como uma luz de néon. O mesmo processo pode ocorrer em planetas que orbitam estrelas distantes, conhecidos como exoplanetas.Cohen e seus colegas usaram modelos de computador para estudar o que aconteceria se um planeta gigante de gás em uma órbita próxima, a apenas alguns milhões de quilômetros de sua estrela, fosse atingido por uma erupção estelar. Ele queria saber o efeito sobre a atmosfera do exoplaneta e a magnetosfera circundante.
O gigante de gás seria submetido a forças extremas. No nosso sistema solar, um CME (uma explosão gigantesca que envia bilhões de toneladas de plasma solar eletricamente carregados de gás, quente no sistema solar.) se espalha à medida que viaja através do espaço, por isso é mais difusa, uma vez que chega até nós. Em Júpiter se sentiria uma explosão mais forte e mais focada, como se estivesse entre 100 milhas de um vulcão em erupção ou a uma milha de distância. "O impacto para o exoplaneta seria completamente diferente do que vemos em nosso sistema solar, e muito mais violento", disse o co-autor Vinay Kashyap.
"Nossos cálculos mostram quão bem os mecanismo de proteção do planeta funcionam", explicou Cohen. "Mesmo um planeta com um campo magnético muito mais fraco do que Júpiter ia ficar relativamente seguro".Este trabalho tem importantes implicações para a habitabilidade de mundos rochosos orbitando estrelas distantes. Uma vez que estrelas anãs vermelhas são as estrelas mais comuns na nossa galáxia, os astrônomos têm sugerido que devemos nos focar nestes locais na busca de mundos semelhantes a Terra.
Entretanto, desde que uma anã vermelha é mais fria do que o nosso Sol, um planeta rochoso teria que orbitar muito perto da estrela para ser quente o suficiente para ter água líquida. Lá, ele estaria sujeito ao tipo de erupções estelares violentas que Cohen e seus colegas estudaram. Seu futuro trabalho irá analisar como os mundos rochosos poderiam proteger-se de tais erupções. Esta pesquisa foi aceita para publicação no Astrophysical Journal.Com sede em Cambridge, Massachusetts, o Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica (CfA) é uma colaboração conjunta entre o Observatório Astrofísico Smithsonian e o Observatório di Harvard College.


Fonte: http://www.cfa.harvard.edu

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